Quando nos reencontramos com o amor depois dos 70 anos… O que acontece? A vontade insana da juventude nos abraça. E não se pode vender a alma pro diabo. Há que resistir, aguentar o tranco. Viver tem destas surpresas. De repente sai tudo do lugar. Elizabeth M.B. Mattos – abril de 2017 – Torres
olho para o outro lado
olho para trás
não há mais ninguém
então é comigo mesmo ?
quem és tu que acenas
chamando ao longe ?
não consigo discernir
vou caminhando na tua direção
vens caminhando na minha direção
vamos nos aproximando
cada vez mais
um ao encontro do outro
atravessando eras
Com a aproximação
agora te reconheço
agora já sei quem és
apalpo meu próprio corpo
mal consigo acreditar
és um amor perdido
não esperava encontrar
a cada passo que damos
ficando sempre mais perto
vamos ficando mais jovens
vamos ficando despertos
acordando do sonho
sonhado dentro do sonho
acordado que sonhamos juntos
finalmente paramos
um na frente do outro
totalmente rejuvenescidos
adolescentes na praia
nossos sorrisos se abrem
no mesmo instante
estendes teus braços para mim
eu seguro tuas mãos nas minhas mãos
nos olhamos bem dentro dos olhos
mergulho meu olhar no teu olhar terno e eterno
verde-mar que nenhuma fotografia captura
e entramos no espaço-tempo infinito
entre, galáxias, nebulosas, constelações e estrelas
acessamos a imortalidade da mente de Deus
antes da criação do mundo
e saímos pacificados e iluminados
caminhando pela beira da praia em silêncio
de mãos dadas na eternidade
jogando conversa fora
rumo ao Mampituba
ouvindo o marulho do mar
vendo o que as nuvens dizem com as suas figuras
desenhando corações com nossos nomes na areia
a juventude de dois velhos namorados “
Celso, Celso ! Lindo o poema! Voltei num tempo que sequer vivi, mas voltei para te encontrar. Estranho! Apenas senti. Muito estranho tudo isso. Justo neste momento de perda, o encontro sem encontro, eu reencontro. TRaavadaaaaaa, sem tempo. Filhos netos chuva sol trovões eu cansaço desanimo e outros risos. Tudo acontece ao mesmo tempo. A vida assim nesta pressa toda de ser vida… (Pensei em transferir o poema pro Amoras, já estamos no Amoras.) Obrigada por estares, afinal, me devolves o mar, e me levas a fazer este passeio pela praia. Muito bom caminhar contigo de mãos dadas em direção ao rio Mampituba, e, o mar a conversar.
olho para um lado
olho para o outro lado
olho para trás
não há mais ninguém
então é comigo mesmo ?
quem és tu que acenas
chamando ao longe ?
não consigo discernir
vou caminhando na tua direção
vens caminhando na minha direção
vamos nos aproximando
cada vez mais
um ao encontro do outro
atravessando eras
Com a aproximação
agora te reconheço
agora já sei quem és
apalpo meu próprio corpo
mal consigo acreditar
és um amor perdido
não esperava encontrar
a cada passo que damos
ficando sempre mais perto
vamos ficando mais jovens
vamos ficando despertos
acordando do sonho
sonhado dentro do sonho
acordado que sonhamos juntos
finalmente paramos
um na frente do outro
totalmente rejuvenescidos
adolescentes na praia
nossos sorrisos se abrem
no mesmo instante
estendes teus braços para mim
eu seguro tuas mãos nas minhas mãos
nos olhamos bem dentro dos olhos
mergulho meu olhar no teu olhar terno e eterno
verde-mar que nenhuma fotografia captura
e entramos no espaço-tempo infinito
entre, galáxias, nebulosas, constelações e estrelas
acessamos a imortalidade da mente de Deus
antes da criação do mundo
e saímos pacificados e iluminados
caminhando pela beira da praia em silêncio
de mãos dadas na eternidade
jogando conversa fora
rumo ao Mampituba
ouvindo o marulho do mar
vendo o que as nuvens dizem com as suas figuras
desenhando corações com nossos nomes na areia
a juventude de dois velhos namorados
O poema é lindo!
Celso, Celso … que lindo o que escreveste. Voltei num tempo que sequer vivi. Estranho! Apenas senti. Muito estranho tudo isso. Justo neste momento. Num agora dolorido, perda com encontro sem encontro. TRaavadaaaaaa, mas sem tempo de chorar ou pensar porque filhos netos chuva sol trovões e cansaço tudo acontece ao mesmo tempo. E a vida assim nesta pressa toda de ser vida… Pensei em transferir o poema o que penso pro amoras … mas já estamos no amoras. Obrigada por estares afinal me devolvendo um passeio pela praia … Muito bom.
ou
Digno de reis ! Um momento fugaz inebriante! Bem escrito um sonho a mais
Estranho ficar contando os dias, as horas para receber uma palavra que não chega. Assustada eu me pergunto se agora, outra vez, tem o abismo do nada. Uma das primeiras coisas que escreveste foi teres uma saúde frágil … E eu li não lendo. Depois PHFilho, sim a história de vida de Laura. Conheço. E agora este silêncio sem palavra. Desencontro.