Meu amigo querido e silencioso. De repente a memória falha, e já não sei mais onde estás, nem qual foi a última vez que te escrevi. Sinto apenas aguda saudade. O esquecimento volta e chega atento. Vontade que estejas em todos os lugares. Confuso isso de não lembrar. E o pior é o perdido, então, não é questão de procurar e pronto, mas aceitar. Insisto: em qual aonde / lugar vou te achar / encontrar. Como te reencontro como te descubro / encontro? Diz, explica como se faz isso de te encontrar? Eu sei, mas não quero, tenho medo, eu te espero. Estranho silêncio, ou este estranhamento de não me escreveres nem ligares: eu te preciso aqui.
Não mais Pernambuco, não mais Recife, não mais a Várzea, não mais Francisco Brennand, não mais a minha pequena, não mais o quente, nem as vozes, não mais o Rio Capibaribe. Eu te espero em Torres.
A saudade fica/está maior… Dois meses, tempo demais doendo. O clima frio gelado este chuvão forte constante contrasta com aquele de lá… Eu queria que tudo fosse mais e mais e mais e muito. Beijo bom. Saudade boa. Alegria boa. Conversa boa. Noite boa. Dia bom! Pois é, estou de volta ao Rio Grande do Sul carregada de nostalgia. Leio o Diário de Francisco Brennand. Gosto do confidencial deste escrito definido tanto quanto impreciso. Vontade de sentar, pedir um café num boteco qualquer e conversar contigo. Torres, junho de 2017, Elizabeth M.B.Mattos
Sou frágil por dentro . Perdas calejam . Não esqueço ! E não por acaso , lembranças me aquecem ; no fundo , sei o que procuro encontrar aí e este encantamento é nosso!
Pedro Silver
Verdade querida, tu sempre revelando talento.
Lucia Maria Ramos da Silva
Tristeza não deve ser espantada, acho importante que seja vivida. Ela entra na gente devagarinho e depois a absorvemos. Não some, mas se espalha, se dilui, e aí nos recuperamos dela.
Carmen Lícia Palazzo
Releio o passado: encontro fantasmas.