Velhos amores também ficam velhos! Engraçado. De repente passou… Dois maridos, dois amores amados. Relacionamentos tempestivos e intensos, ficaram na estrada. Lembranças, passado. Estar pendurada na memória! Respirar hoje para o amanhã. Posso dizer/inventar / contar novas estórias. Não posso te esquecer. RESILIÊNCIA. Estás do outro lado. Não imaginas o quanto te desejo grande / enorme e apertado. Já tão tarde! Coloquei / colocaste / colocaram barreiras invisíveis. Envelhecer, as cordas se esticam traiçoeiras, não te preocupa mais, temos outras vidas. Teu poder, devolvo. Venceste! Ser amor amado hoje não importa, já é amanhã, e foi ontem ainda que cozinhamos juntos. É o tempo que envelhece, a terra, nós somos eternos. Quando espio para a tua vida, e te procuro do outro lado da cerca, eu explico: esqueci de te dizer O B R I G A D A! Basta apagar a luz e somos nós em 1963, não esqueci do biquíni preto, da areia, e lembro de ti menino! Elizabeth M.B. Mattos – junho de 2019 – Torres
Ao escrever, eu me liberto! Não importa se não respondes. Sou das missivas, e tu gostas de estar do outro lado!
Aquarela do artista plástico Carmélio Cruz – Porto Alegre 1964