Nove janelas e portas abertas. Escadas perfumadas. Gramado aparado. Jasmins e buganvileas atentas, e o céu azul. Cobertas e lençóis e travesseiros perfumados. O vento visitou a casa inteira. O espelho se debruça interessado nos meus cabelos brancos revoltos embora presos por um grampo. O vestido solto no corpo traz uma leveza azul. Troquei as cadeiras de lugar. As mesas e os quadros, os quadros revisados se acomodaram. Espero pela tua visita com jeito novo. Comprarei flores no sábado, descasco as laranjas. As maças se amontoam no prato verde. E os livros? Estes não posso comandar, independentes, soltos, e temperamentais estão soltos pela casa e fazem barulho. Conversam, Gargalham e são impertinentes. Não liga para eles. Devemos encontrar um jeito / uma forma de coabitar / estar / ficar por duas horas ou três e assim mesmo continuar com nossas peculiares explorações interiores. Será na segunda visita, talvez na terceira vez que encontrarás silêncio, paz e vontade de ficar um pouco mais… Elizabeth M.B. Mattos – setembro de 2019 – Torres