Por que citar e nunca dizer? Porque as palavras escapam: tudo dito/escrito ou pensado. Claro! Não esta pandemia a sufocar, interferir, apertar a cabeça. Tortura premeditada (a surpreender), uma gota d’água a pingar. A solitária. Punição de crime que desconheço. Não aprendo a ver nem a pensar o principal/essencial. Este ter desmedido, obsessivo se dissolve em tocar, beijar, abraçar. Estar / não estás. Tanto demoras a chegar! A decidir. Parecia simples e perfeito: rir juntos. Por que não vieste? Beth Mattos – julho de 2020 – Torres – prisioneiros, os dois.
“Ia bem descuidada pelo braço de João Maria, subindo e descendo encostas, vencendo distâncias, de maneira a bem conhecer da natureza da ilha. Na parte oposta àquela em que desembarcamos havia alguns montes, todos com seus cimos de rocha; variavam as cores. Eram uns cinzentos, outros lembravam a ferrugem, e outros muito vermelhos se mostravam, embora todos no alto possuíssem uma touca de neve, brilhante e limpa.
– Logo que fique melhor desta maldita ferida, subirei a um desses cimos, para ver toda a ilha e maus além dela! falou João Maria.” Dinah Silveira de Queirós Margarida la Roque
“Com o seu corpo cobriu o pudor, ela cerrou os olhos. Rompeu a aleluia sobre o mar de Itapoã, a brisa veio pelos ais de amor,e, num silêncio de peixes e sereias, a voz estrangulada de Flor em aleluia, no céu e no inferno aleluia!” Jorge Amado –Dona Flor e Seus Dois Maridos
Escuto a tua voz a ler em voz alta, retomas o ritmo do amor nas leituras que já foram, mas voltam. Tu te escondes. Eu me escondo. Que importa? Eu ainda te escuto.