– Não resisto: e te conto apressada: ficou delicioso, mais do que delícia. Muito mais que maravilhoso o molho. Textura, cheiro. A carne perfeita, eu acho, faltou o nhoque, a massa feita em casa. Lembrei da carne de panela que fizeste (inesquecível para mim). Comprei um tatu redondo/lagarto dizem no Rio e cozinhei na panela de ferro, nos antigos moldes: devagar. Adorei ter acertado, ou voltado para o prazer da cozinha, como antes. Tenho me entusiasmado. Levantei uma pedra. Tirei o enjoo e conquistei, acertei num certo prazer. Fui fazendo aos poucos, com vinho, devagar, com paciência. Queria te contar.
– Olá. Cozinhar é como a arte da sedução. Se te deixar levar pelas misturas e pelas ideias, combinações de aromas e sabores, te realizas. Cada ingrediente tem uma magia, seu timing e sua conjugação. Da esmerada e dedicada combinação e tempo, com cenário culinário adequado, dependerá o resultado. E os melhores resultados não surgem se não acompanhados de um bom vinho durante a viagem.
…registro: com mau humor faça jejum, não cozinhe. Mas se estiver de bem com a vida… cozinhe, muito. (6 de agosto de 2020), às 20:42)
Não sou rainha, sou escrava da tua fantasia, da tua vontade. Que eu seja eu, a mesma, a diferente, a nova Beth, a Elizabeth daqueles anos perdidos / perdidos porque não foram apenas nossos, perdidos porque não nos encontramos mesmo a nos saber pelo cheiro, pelos olhos, pela voz. Aturdida com tua voz, e me despedaço na distância. Então, eu durmo. Agora, irei seguir a mágica de transbordar alegria na cozinha. E te conto… Elizabeth M.B. Mattos – agosto de 2020 – Torres (08/08/2020 00:22:34)

