“Não parecia haver nada de extraordinário no que ela dissera, mas, para Liévin, que significado intraduzível em palavras se abrigava em cada som, em cada movimento dos lábios, dos olhos, e das mãos de Kitty, quando falou aquilo!“
Justo esta droga de sentimento louco/fora do lugar e único identifica o estado de amor. Palavras sonoras, e os olhos respondem, voam. Tenho saudade desta voz. Deste tempo de te amar. Loucura de certeza ciumenta, fora do lugar. Loucura, e por isso, derramo as queixas incertas. Sublinho, repasso tuas palavras, e nelas teu rosto… Saudade dolorida, boa. Volto ao texto de Liev Tolstói em Anna Kariênina :
“Havia ali um pedido de perdão, confiança nele, carinho, um carinho meigo, tímido, e uma promessa, uma esperança, e amor por ele, um amor em que Liévin não podia deixar de acreditar e que o sufocava de felicidade.” (p.382) Parte 4
Então, eu pergunto: o que eu fiz do meu rastro de amor? Elizabeth M.B. Mattos – novembro de 2020 – Torres quando interrompo o gozo / alegria da tua voz apertada! Cortei o tempo em fatias ansiosas, perdidas. E tanto desejei ir ao teu encontro, meu amigo.
Foto: Marina Pfeifer
