“Ando muda. Muda. Triste. Minha irmã morreu, parada cardíaca. Estava bem. Foi um choque. Irmã não pode morrer, Beth (diz/escreve minha amiga). Leva tua metade. Tua mamadeira. Tuas cirandas. Tuas brigas. Tuas bonecas. Tua primeira bicicleta. Teu equilíbrio no muro. Teu brinquedo de casinha. Teus brinquedos. Tuas invejas, teus namoros, teus primeiros cabelos pubianos, teus medos, teus sonhos, teu ódio por ela, teu amor amor por ela. Faz um mês. Chorei alto como criança! Não deixei ninguém falar comigo. Não quis que me dissessem ‘meus sentimentos’ (que sentimentos????????) fiquei três dias sem falar. Nem filhos quis ver nem falar. Estou assim ainda. Vai passar. Todos morremos. Mas irmã não pode morrer. […] Claro que estou louca para falar sem parar. Sem vírgulas, sem respirar.” Luiza Silla
E eu só poderia abraçar. Abraçar abraçar e entrar no teu silêncio. Tens razão, irmã não pode morrer. Elizabeth M.B. Mattos – novembro 2020 – Torres

Foto: Marina Assis Brasil Pfeifer
Não deveria. 😒
Parece que o impossível acontece…e a dor galopa.
Cassiane, obrigada.
Anestesiada dor. Força na caminhada. Um abraço. 🙏🌻
anestesiada e carregada de nuvens…
Lembro das filhas da Anita, belas e talentosas.
Aqueces o meu coração, tenho sonhado minha mãe. Saudade. Ela era talentosa! Obrigada