Sem sentir escrever se esvazia. Não adiante insistir. Escrever precisa alma e porquê. Escrever precisa dizer. Impulso. Garra, incerteza… Dança. O livro feito, a história contada, o enredo perfeito. Oco. A beleza intrínseca murcha. Dor escabelada. Sentimento a gemer, agarro as palavras, desenho o/este tempo de sofrer a te consolar. H á de passar. O grito se perde. Rua vazia, mundo vazio: a morte carrega todos. Sentimento devastado e loucura. Há que chorar, chorar, chorar. Lavar a calçada, a praça, o tempo, com lágrimas, com lágrimas lavar alma. Cuidado…esfrega o rosto, deixa correr o tempo. Não vai embora a dor, mas ela se esconde no possível do meu/do teu corpo. Elizabeth M.B. Mattos – novembro de 2020 – Torres