Não deixa o sentimento ruim entrar, depois, eu sei, dá uma trabalheira dos diabos fazer levantar o dito da poltrona! Petrificado fica a incomodar, e usa o espaço todo, dono ‘do pedaço’! E o fantasma do desagrado circula, senta no banco da frente, de chinelos e bermuda. Caminha na calçada, vigia o edifício, e fala! Que coisa! Não deveria ter voz, mas tem uma voz fácil e estridente que comanda, gosta de dar ordens e achar isso e aquilo! Ah! De repente o caminhão de mudança deveria me levar para outro lugar, aboletada, vendo tudo de cima, pena que não dirijo caminhões! Larguei de ter carro, larguei de ter responsabilidade, larguei de passarinhar, ou não me importar, ou varrer maus fluídos e encrenqueiros. Estou a me importar com tudo, incomodada, azeda! Oxalá termine logo isso tudo, vire o norte e a bruxa se transforme em borboleta! Sem pressa! É mutação! Elizabeth M.B. Mattos – janeiro de 2022 -Torres
