o que ele disse

Fiz um amigo importante, fiz dois amigos quando o Amoras nasceu, um deles já morreu, mas, por motivos estranhos nos aproximamos muito e muito. Depois do luto que doeu demais, eu me aproximei mais das afinidades que tinha com quem não me convidou para almoçar, mas fazia música (minha paixão). Depois, e depois, as coisas de fazer se enrolaram e fomos nos afastando. Ele se leva a sério, ele, tem metas e caminhos, inclusive mantem os cadernos diários, religiosamente, / e neles o caminho é explicitado / aberto / claro / religioso. Eu vou tão devagar! Cadernos anarquizados. Eu mantenho as gavetas desarrumadas, eu mantenho a vida por um fio: eu tenho o excesso nos guarda-roupas. Eu me perco todos os dias. A depressão puxa os cabelos da menina alegre, a velha disposta se transforma numa anciã cansada, neurastênica. Eu me apaixono. Eu não durmo. Eu me apaixono! Eu durmo demais. Uma vez o monge me diz: o blog é teu diário de menina, não precisas levar com tanto empenho! Não trabalha sério. Não te empenhes assim… Não respondi. Apenas desanimei. E tudo que quero fazer empurro para amanhã. A caixa de livros do Xavier, as unhas, um bom corte de cabelos, vestir vaidade, esconder as manchas, procurar um vascular, ir a um oftalmologista, colocar um sapato com salto, pedir ajuda na limpeza. (risos) Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro 2022 – chorar por Petrópolis – por nós e todas as dores – chorar – Torres

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