Queixa, gueixa, deixa, seixo, queixo, eixo: chuva boa de verão. Devagar, sem medo,…(uauuu)! E lá foi tanta chuva e tanta a desabar no morro, desabar o sonho! Ah! verão traiçoeiro, o meu, desajustado e inquieto! Eu me queixo! Eu travo, engasgo no silêncio de dentro, de fora! Agora, enquanto te escrevo, sinto como se o porão! Ah! O danado do porão a deixar o sol espiar, e agora, a água a escorrer! Confesso! Eu te amo! E de tanto te amar, eu encolho, enfeio, fico azeda, triste. Carrancuda, esquisita, horrível de horror mesmo. Fui caminhar pela feira livre da lagoa, neste sábado, comprei bananas e flores! Engraçado! Tanto sol! Era cedo. Quente. Agora! Graças! Caiu a chuva! Desceu a chuva! Veio chuva hoje. Que venha! Cozinhar? Não. Estou enguiçada, sem gosto. Esquisito humor estremecido! Vontade de tirar férias de mim mesma! Um lugar! Qual será o lugar bom das férias boas? Eu arrasto flores para a máquina de fotografar! Passo assim o lápis de cor no risco e fico pensando que um dia reformo meu gosto / meu amor e desço as escadas com cuidado! Vou te ver. Vou até o mar te encontrar! Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro de 2022 – Torres – nesta segunda- feira com chuva, apenas tu e eu, no mar.


