A gente encontra um bom motivo, qualquer um. Roseiras, colecionar relógios, livros raros. Resolvo escrever, ler o maior número de livros possível. Não. Vou beber chá, as melhores ervas. Ter alguns vasos de flores. Fumar um bom cigarro. Olhar as estrelas de noite. Trabalhar, trabalhar no que for possível para sobreviver. Entender das fundações do mundo: aquilo que sustenta, faz uma casa ficar de pé…, o cálculo, a matemática, o exato. Depois ter um companheiro. Alguém que eu possa me encostar nas noites de inverno. E que me traga um copo com água quando estou trabalhando. Não. A gente encontra outros motivos. Resolvo viajar. Conhecer o mundo, desdobrar a minha imaginação…, não sei bem onde/para onde ou como, então vou perto. Os pampas se misturam, a culinária se aperfeiçoa! Ah! Estou descobrindo prazeres! Já sei dos meus desejos! Parece fantástico ter certeza. Atravesso a ponte, estou em Santa Catarina. Não é estupendo?! A melhor pizza do mundo, o melhor chope, ou melhor sorvete de frutas naturais, o suco que eu aprendi a fazer. Estou no paraíso. Eu te abraço, eu te beijo. Eu me aqueço. Estou feliz! Pronto! Encontrei um bom motivo. Elizabeth M. B. Mattos – abril de 2022 – Torres

Parece igual! Igual o campo, o infinito ou a beleza! O mesmo olhar! Esquisito viver assim! Viver em cima do mesmo passo, do mesmo sentimento, do mesmo gozo! A mesma beleza! Os infernos tem cores diferentes / os infernos são particulares! Porque as dores / os sofrimentos, os limites! AH! Estes são os mesmos. Tão misturados no igual! Escrever assim, quase às cegas, parece um bom desafio. Sem correções!