querido amigo

Amigo querido, como estou sentindo falta daquele entusiasmo de pensar que estarias comigo, chegando, e da imaginação colorida de nos pensar estupefatos / desconhecidos porque atravessados de um tempo enorme / muito grande mesmo que foi este de não nos vermos. Às vezes, mesmo o olhar parado, agita a alma e se reveste veste com presença. Satisfaz! Sim, ainda devo, e posso, fazer/arrumar a mochila, pegar o travesseiro e o ânimo e ir até a casa da minha irmã no bairro Moinhos de Vento, quase ao lado do shopping Moinhos, aprazível, central para o que se entende Porto Alegre: vais gostar. Fácil para passear e com uma enormidade de bons lugares para beber café, cerveja e conversar. Para morar eu teria escolhido a Cidade Baixa – tentei comprar por lá um apartamento, mas era infinitamente, mais caro do que subir até a avenida Independência, então, cabisbaixa, eu me acomodei onde podia ser eu pela metade, assim mesmo eu. Ainda quero voltar a me instalar por lá. O Centro da cidade me pareceu também boa aventura, um conceito, um estar na calçada mais vezes. Também não consegui. O limite da grana limitou a escolha. Petrópolis me atraia, claro, um retorno amoroso e… Uai! Seria abraçar a memória com redobrado carinho, mas tudo a muitos passos de tudo (ao que chamamos/conhecemos por comodidades).O lugar tinha que ter padaria, bar e um restaurante amigo por perto. E não ser na avenida. Que carta esquisita! Não sei mais escrever cartas / larguei algumas facilidades, alguma coisa minha para me fantasiar em texto. Agora sou sempre um amontoado de letras. Curiosa mutação! Elizabeth M.B. Mattos – agosto de 2022 – Torres num dia com chuva e chuva e cinzento quieto.

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