daí paixão e ardor se repete

” – daí que tinham o rio só para eles. Afogueados pelo passeio sobre patins e pela paixão, atiravam – se ao chão em algum braço solitário do rio, os salgueiros amarelos orlavam a margem, e, envolto num enorme manto de peles, Orlando a tomava nos braços e conhecia, pela primeira vez, murmurava ele, as delícias do amor. Depois, quando o êxtase acabava e eles se estendiam no gelo, serenados e num estado de torpor, ele lhe falava de seus outros amores e de como, comparados a ela, não tinham passado de lenha, pano de saco e cinzas. E, rindo de sua veemência, ela se voltava uma vez mais para ele e lhe fazia, cheia de amor, mais um afago. […] E, depois, envoltos em suas peles de zibelina, falavam de tudo que há sob o sol; de cenários e viagens; de mouros e pagãos; da barba deste homem e da pele daquela mulher,[…] de um rosto, de uma pluma. Nada era pequeno demais para esse tipo de conversa; nada grande demais. “Virginia Woolf – Orlando

…e dai, fazemos a mesma coisa, aos 12 anos, aos 14 anos também, aos 18 nos perdemos em amor, aos, vinte nos casamos loucos perdidos de amor, e amamos, aos cinquenta anos, choramos e amamos, contamos detalhes. E somos nós eles, eles são nós… Já foi escrito, já foi dito, será que vou insistir e contar como, como foi amar o Tavares , ou o Paulo ou o,- Francisco, ou não amei? como precisamos contar tudo atravessar tudo para sentir que este amor é o único. E amamos na lembrança tudo outra vez! E temos 15 anos, ainda não vinte. E amamos. Elizabeth M.B. Mattos – setembro de 2022 – T0RRES e agora já não me queres, que pena, não me queres!

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