Esta coisa da fala, dooutro, de olhar e dizer…medicinal e pacífica pode ser a palavra, necessária. esta coisa de ouvir / dizer uma loucura necessária, por que não me entendes? por que não me socorres? por que não te compreendo? quero então te abraçar muito e muito, chegar perto, mesmo no silêncio, no tempo noturno de dormir, não tenho hora pra dormir, fecho os olhos durmo…e tenho tido magníficos e povoados sonhos, coloridos, cheios de fala, tensões e surpresas. Outro mundo /universo os sonhos destas cabeças de tanto dormir! E os filhos e movimentão, sorriem, se completam no tempo. A magia da gravidez! o iluminado prazer de fazer vida… depois a saudade miuda de todo o tempo, do amor, do acompanhar, do ocupado e engenhoso tempo de ser mãe…, onde está a volta da curva? a paz/sossego? não, não posso parar, multipliquei um milhão de vezes a sensação… e as tais palavras se milturam incompreensíveis, o que digo ou o que penso não alcança ninguém, não chega em lugar nenhum, não tem fim. As conversas são enfrentar uma floresta densa, populoça, inacreditavelmente, falante e silenciosa. Ah! as nossas interrompidas, movimentadas e agitadas conversas, meu querido! Elizabeth M. B. Mattos – fevereiro de 2023 – Torres