contar

História a ser contada, como, e por quê? Alguém empresta uma memória fatiada por um olhar. Difícil descolar sua pequena história do outro e outro, e ainda outro. Não se fica transparente, mesmo quando se deseja. Alguém sabe. Engraçado/estranho perceber isso: testemunhas. Há protagonismo. Tudo colado do jeito possível… O nome do primeiro namorado. Vivo. Ainda bonito. Esquisita memória de uma história que se gruda numa cidade, numa década. Porto Alegre, rua Vitor Hugo, 229 – Petrópolis.

Uma pedrinha. E contar as pedras, a colorir e a polir: o sentido de reviver, retomar, sentir a culpa, ser perdoado, remexer, falsear, muito difícil, ser condenado. Não importa quem vai ouvir / quer ouvir / precisa… Pode ser filho, neto, sobrinho, amigo. O momento de dizer / a hora e o motivo será confiança contra o medo. Angustia se agarra no porquê de dizer, na qualidade do dizer, não são apenas palavras… O que importa ou não importa, este trânsito indefinido entre o passado e o presente desenha o futuro. Somos hoje o tal futuro. Loucura! Difícil viver. Elizabeth M.B. Mattos – março de 2020 – Torres

então acordei

Literalmente, te vi num sonho. Tu me dizias, convicto, como teria sido bom termos nos encontrado em outro tempo. O menino do verão conversa, sereno, comigo, e eu, a Beth velha, de hoje te escuta quase constrangida. Estávamos num sofá, e nos recostamos quietos, em paz, então acordo. Tua resiliência, teu foco preciso e inteligente: viagens noturnas, e  tristeza objetiva coerente de homem lúcido. Eu incapaz e triste! Então acordei, e não nos beijamos. Elizabeth M.B. Mattos – março de 2020 – Torres (fomos atropelados nesta vida, haverá segunda chance na velhice? Neste tempo que nos resta?Ou não seríamos razoáveis nem adequados ao nos encontrar? E não conversaríamos pacíficos.) Teremos vinte anos sem nos apartamos, sem machucar,apenas para encontrar amigos!? Elizabeth M.B. Mattos – março de 2020 – Torres

lua no amanhecer

Frescor delícia. Céu ainda cinzento rosado no fundo como se a tela /céu se preparasse em camadas antes de acontecer, depois virá a luz e as pequenas definições, não consigo pensar no grande, tudo miúdo e as poucos. Como o perfume das plantas. Amanhece. Eu, eu preciso te dizer que estou na maior desordem emocional. Sentimentos atrapalhados. Engordei e parece que flutuo entre o desejo das roupas elegantes e os vestidos soltos, entre o caminhar apressado e os passos preguiçosos do verão. O verão se alonga. Quarta-feira temos feira. Vou buscar frutas e legumes. Vou atrás da determinação de não beber coca-cola, nem bananas fritas com sorvete, nem estupendos cafés da manhã com geleias, presunto e pão fresco. Sucos e preguiça. Troco os lençóis para sentir a cama fresca e perfumada, os livros se espalham com as fotos. A tudo me proponho ordem, e a música do rádio vai me explicando que não farei nada se não conseguir a tal determinação. Escolhi dois pares de óculos, tão completamente, inadequados  que se tivesse ainda lágrimas (faz muito que perdi o prazer de chorar) teria deixado escorrer… Graças que a filha vai resolver, e não sou apenas eu a usar óculos na família. E eu me atrapalho. A passarinhada laboriosa se agita. Vou passar um café preto e controlar esta fome desgovernada. Pois é…, ontem eu dormi bastante, dormitei entre a televisão e o nada. Eu me assustei com esta revirada do mundo, o jogo do petróleo, a gripe que fulmina, o medo das pessoas, o perigo e o pouco caso do nosso governo, desta coisa errada de fazer / não fazer, mas ser e se apresentar.Céus! Votar pode ser um jogo invertido. Se me arrependo passo mal, se aprovo, fico enjoada. Se nego tenho que dormir. Certeza? Muito muito muito muito muito melhor do que estava! Muito ensandecida oposição… E os dias ficam pesados, mesmo quando belos. Elizabeth M.B. Mattos – março de 2020 – Torres

livros descartados

Do passado da rua Vitor Hugo para a avenida Independência, aos velhos arquivos e velhas correspondências.

Meu amigo: o meu caso é psicanalítico, e meio, porque não totalmente inconsciente. Assumo que estremeço. Assumo que deixo de ser natural. Assumo que conversar contigo é como voltar a sala de aula, ao meu professor. Antes do amigo, professor. Não o homem casado, com filhos, com problemas, com vida própria fora da sala de aula. Para mim é o homem que gosta de pássaros, da terra, do jardim, e dos livros, da literatura, da teoria e meu professor, e ponto. Um ser diferente. Tenho bloqueio, medo, alguma coisa esquisita em relação ao que escreves, ao que escrevo para ti, ou compartilho contigo. Bloquei o pensamento, e me assombro contigo. Não consigo estabelecer diferenças saudáveis, nem mesmo nas leituras. Até o teu francês grita superior ao meu, e sabes da minha formação. E também existe o muro, a parede a ser transposta / atravessada cada vez que te encontro num contexto social, ou com Fátima, amigos, filhos. Esquisito. Mergulhei na análise completa, que sejas então, o terapeuta. Demoro um tempão pra relaxar, pra ver, olhar, para sentir que estou a conversar, afinal, com Roberto, o velho amigo! Em tempo, pois tão jovens és! Que dificuldade! E me sinto vigiada. Esquisito isso. Um jogo estranho. Sim, como se existisse um tabuleiro, e eu precisasse jogar, inferir, negar, ir pra direita, ou pra esquerda, atacar. Defender. Recuar. Esconder-me. Como se te escrever, ou responder me levasse para um terreno minado, cheio de incertezas. Leio. Releio. Não respondo. E quando, espontaneamente escrevo, recuo. Outro mundo. Outro planeta. A vida acadêmica que eu queria / desejava pra mim? Um jeito de pensar, uma inteligência como a tua, não a minha? Não, mas não sou assim, penso. Tenho a minha própria história e trajetória, diferente, mas… Não é o algoz nem o juiz. Apenas o Roberto! Esquisito! Politicamente diferentes, e, tu és homem, e eu sou mulher, tu moras em Jacarepaguá. Curiosamente /estranhamente Jacarepaguá… Geraldo e eu procuramos casa por aí quando casamos, queríamos nós morar neste lado do Rio de Janeiro. Desastrado casamento! Sabes que ele está mal? Sou duríssima com estas questões! (Fico a recolher todos os pronomes, excessivos em português, mas tão ‘naturais’ em francês! E me sinto uma idiota!). A doença, a perda, a morte. Uma atitude rígida, infantil. Neurótica. Fiquei de luto para sempre quando perdi a mãe. Depois perdi o pai, também minha tia Joana, aumentando minha lista de lágrimas, perdi as raízes. Não sinto mais nada agora. Não somos eternos / nem para sempre…, mas te digo que estou mexida, dolorida e abatida com o estado dele, hospitalizado em Petrópolis. Pedro está a sofrer pra dentro, numa correria permanente, inútil, pesada e ansiosa, gagueja, tropeça na dor e avança. Joana com a bebê vivendo o novo. Ana Maria viaja nesta Páscoa, meio aflita e medrosa, assustada também. Talvez isso (vê-los diante da perda fundamental, já viram morrer os avós, mas o pai, a mãe!) me deixe também sensível. Meus filhos. Não queria que eles passassem por isso, vivenciassem isso. Curioso! Eu nos queria eternos para eles. Preferia engolir a coisa sozinha. Afinal, morrer ou viver não deve ser filosófico, mas real, da vida / na vida, a morte. Que loucura! Morrer é difícil! Desaparecer é como não ter vivido se não há memória. Uma ironia! Ironia fantasiosa! Enfim! Não era o Geraldo o assunto. Nem a morte. O que queria te dizer, ou o que confesso agora é minha confusão emocional diante dos teus julgamentos literários que me atropelam antes de serem proferidos. Roberto, não acreditas, mas enquanto leio, antes das letras, imagino teu julgamento. “Roberto não vai gostar!”  Teu julgamento me inibe sem existir. Não é ridículo? É louco.  Antes era o Paulo Hecker Filho, mas eu não me importava tanto, eu ia em frente, e dizia, reclamava, xingava, seguia. Por que não tenho coragem de fazer contigo o mesmo? Vou levar um zero. É isso. Ou tu vais ser complacente. Darás uma nota ótima sem que eu mereça. Sempre fui aluna relapsa. Agora estou lendo Trem Noturno para Lisboa, (começou com o pedido do oficineiro para ver o filme, que não consegui ver no cinema), fui atrás do livro, comprei, e gostei. Mas não sei fazer crônicas, e não consigo escrever, nem entender a coisa. A burrice me imobiliza, nem pra frente, nem pra trás. Então o livro começa a me aborrecer. Sem esmiuçar repetições. O truncado, o obscuro, o filosófico, mais do que o romancista…Tropeço, depois gosto, gosto do texto de Peter Bieri. O filósofo com o pseudônimo de Pascal Mercier, autor do romance com mais de 2,5 milhões de exemplares vendidos… Como O mundo de Sofia de Josten Gaarder.  Roberto, nem ia te contar desta aventura. Habitas o planeta Terra, não sei bem o nome do meu. Sofro influências, e desanimo, tu segues sempre. És metódico, sou desorganizada. És absolutamente claro, objetivo mesmo quando te propões subjetivo, sou confusa. Um sentimento de inferioridade acentuado. É isso? Não tendo objetivamente. Confuso. Tudo que preciso, ou imagino necessitar se refere a tua AVALIAÇÃO, a Beth aluna, (discípulo seria demais), se apresenta, um pouco sob o encantamento, outro tanto, timidez, mas certamente com inferioridade. Tua posição em relação a vida, escolha, profissão, e até amor parecem seguros. E eu tropeçando… Tudo para te dizer que comprei um volume de Aureliano de Figueiredo Pinto, porque ainda não o conhecia. (Acontece comigo, os que leste eram meus, dos que Joana ia descartar, não foi? Acabaram na tua estante, e agora, depois de teres mencionado, compro outros, vai entender!) Quanto ao mineiro, não consegui. Quanto ao Tabajara Ruas, nem lembro mais qual livro, não sei, não é um clássico. Estes livros descartados, com dedicatória e tudo, assombram as estantes dos meus filhos que os receberam, assim, aos montes sem terem escolhido. A ideia de os guardar, e de que um dia lessem os que não li, ou redescobrissem os que gostei, pura fantasia minha. Joana ia se desfazer e o fez, lembras? Apenas se desfazer. Esta partilha aleatória e necessária, fiz antecipada, antes de me mudar pra casa da minha irmã Tânia. Eu que zelava por grande parte da biblioteca da casa da Vitor Hugo. Livros encadernados pelo pai, pela mãe… Nome de família na lombada.  Outros doei também para a biblioteca pública de Cambará do Sul! Quem deve ter aberto um livro? As traças. Literatura, jurídicos, e livros em francês! Esta coisa da perda! A biblioteca inteira do Paulo Hecker Filho que ocupava já um apartamento foi doada para Paulo Betancour. Este vendeu aos sebos. Contam que Paulo fez consciente para ajudar o amigo endividado. Pode-se vender livros assim, aos magotes. Graças! Tu és feliz nestes encontros! E guardas os teus livros. Como te agradeço! Por todos os que amam livros. Também és agraciado pelo prazeroso destas leituras, escolhidas ao acaso. Deste jeito. E sempre, eu vou querer te seguir. E leio tão pouco! Um beijo e bastante saudade. Desculpa a carta derramada. Elizabeth M. B. Mattos – março- 2020

Querida Beth: Um dia desses, à noite, concluída a leitura de dois romances russos recém-comprados, procurei algo na estante para ler, e fiquei entre dois livros que você me deu, daqueles que andou descartando: um do Tabajara Ruas, não me lembro o título, aliás com dedicatória para você; e o outro de Aureliano de Figueiredo Pinto, autor de que nunca tinha ouvido falar. Acabei escolhendo o segundo, e esperava uma narrativa regionalista – o que em geral me agrada – de qualidade razoável. No entanto, iniciada a leitura, que logo concluí (agora de manhã), prontamente me dei conta de que se tratava de texto primoroso, impressão inicial que só fez consolidar-se ao longo da leitura. Que boa surpresa, pois é uma obra-prima, e, acho, completamente desconhecida, acredito que mesmo no RS. Com isso, este ano já tive a felicidade de descobrir dois grandes escritores inteiramente esquecidos: o mineiro Galeão Coutinho, que assina o belíssimo Vovô Morungaba, e o gaúcho Aureliano de Figueiredo Pinto. Acho que nem vou ler logo o Tabajara Ruas, pois pode ser que minha expectativa em relação ao regionalismo gaúcho tenha crescido demais com a leitura do Aureliano. Beijos e bom fim de semana. Roberto. (Roberto Acízelo Quelha de Souza)

Alter ego ou alterego (do latim alter = outro egus = eu) pode ser entendido literalmente como outro eu, outra personalidade de uma mesma pessoa. Para a psicanálise, o alter ego é um outro eu inconsciente.

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Fotos da casa da rua Vitor Hugo – presente de JMC

segunda vida

Talvez tu não tenhas escolhido, nem queiras esta segunda vida. Nem sempre podemos escolher no sentido restrito da palavra, aliás, nem parcialmente, acho eu. A vida nos é oferecida sem escolha, quase ao acaso: ironia! Decidimos isto ou aquilo, tão pouco! A cor do vestido, o cabelo, a comida, a perda ou o ganho… E nos perguntamos: – Escolhemos o que importa? É a questão filosófica do suicida quando decide morrer, tomar a vida nas mãos no sentido mais radical possível. Com quem viver e com quem deixar de viver? Somos o produto do processo. E, somos submetidos a permanentes julgamentos internos que chamamos / nominamos / pensamos ser prazer, alegria, coragem ou sofrimento. Não é filosófico, não quer dizer nada… A soma destas coisas todas é a nossa vida, e ponto.

A segunda chance surge quando nos libertamos de um determinado processo (alguém morre, o inusitado acontece). Caímos em outro desafio, outra vida. Sem ter escolhido tu estás lá vivendo… Sem buscar. A vida é mais… Se tudo isto de casamento, filhos já foi vivido, que bom! Agora, se trata da chance de estar viva pra completar as outras tantas possibilidades que existem dentro de nós: isto é a maravilha! Descobrir o dom, teu jeito de ser / produzir, teu novo caminhar, teu sorriso. Renasceres. Que faças a diferença! Para deixares de ser par, dois em um, como diz a propaganda, mas um entre muitos. Olhar com novo olhar. Acho que perder alguém pode ser encontrar também. Eu penso no pai, na mãe, na Joana, nos meus amigos: a Sonia, o Paulo, até o Mário de Almeida Lima, Iberê Camargo e até o Flávio Tavares. Os amigos que desapareceram. Os casamentos fracassados, os empregos perdidos. Quanta lágrima pra chorar! Os filhos que não tive. As cruzes divinas. E todos os meus acertos contáveis (de numerar). Eu também fui /sou feliz, infeliz. Cada ruptura, nova chance.

Sei lá! Acho que a segunda chance pode ser até a primeira, a melhor. Um desafio. Também compreendo que aceitaste como absoluto, e bom: o caminho do casamento, da maternidade: isto é felicidade. Como a tia Joana, valente, decidiu o dela, ficar solteira e agregar-se a vida da irmã. Ou não escolheu? Quem escolheu o quê? Estamos juntos nesta aventura. As tempestades agitam a vida, no bom sentido: sacudidas, com medo, passamos a de fato respirar… E respirar é uma graça divina, nada mais do que isto. Uma graça… Foi pensando nela que mencionei a segunda chance, ou vida entre as muitas que tu já viveste.  Eu me escondo no sono, tu te manténs alerta. Isto basta. Acho que até vivenciar a grande solidão é dádiva. Coisa de Beth. Como não sei falar, escrevo. Quando mencionaste os anos de casamento, eu pensei em outros anos possíveis… Crueldade minha, não sei. Vontade de redescobrir. Curiosidade. A Parábola dos talentos que sempre me impressionou: guardar, devolver ou multiplicar? O que devemos fazer de fato com nossas vidas? Precisamos entender que as escolhas estão enfiadas em caixas… Fomos colocados dentro delas e o  limite de escolha existe no justo limite da caixa… Ou podemos rompê-las, e sair? Depois, suponho que existam mil vidas dentro de nós: escrevo mil para definir um número… Porque não somos o que aparentamos ser. O que acontece dentro da pessoa, os sentimentos, as tais emoções, não revelamos. Não por vergonha, ou qualquer outra coisa, não manifestamos porque não as reconhecemos como nossas. Não é incrível? A felicidade parece mais tangível quando se compreende as coisas sem conflitos internos de culpa. Ora, a vida não é compreensível num todo: passamos por diversos acidentes e perdas. A felicidade é a tranqüilidade diante daquilo que supomos ser o certo. Sim, apenas uma suposição, uma coisa convencionada, tanto quanto a beleza. Não existe certo ou errado, não é mesmo? A vida tem muitas vidas, com esta ou aquela pessoa ou mesmo sozinhos. A determinante pode ser uma variante. O que de fato escolheste foi um jeito de fazer e ser. Escolha? Hábito? Como vamos explicar? O que de fato deu errado? Perder pai, mãe, tia, marido, casa? Filhos? Dinheiro? O que pode ser natural ou falso? Não sei. Ninguém sabe. Hoje é diferente, então novo. Estamos sentadas num amontoado de convenções. Por elas lutamos. E não queremos solavancos na viagem. Assim como a beleza. Dizem que o belo é assim ou assado… Que traduz isto aquilo… O que é afinal a BELEZA? E qual resposta para a FELICIDADE? Como sempre a vontade de escrever é muito maior do que a vontade de falar… Acho que vou deitar um pouco. Hoje tem Doce Deleite no teatro com Gianechini… Tem Pedro no palco, e mãe coruja também. Eu mereço ser feliz! É assim? Elizabeth M.B. Mattos (13/12/2008) Porto Alegre

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capricho, vontade de trabalhar, e educação, não é fácil, não é fácil

Capricho, vontade de trabalhar e educação, difícil! E o dinheiro não compra, custa uma vida inteira. Nem meia dúzia de conversas resolve. Respostas banais…e o bacon frito está no gramado. Com dinheiro no bolso, carro na garagem, como se vivesse…, nem sei onde, ninguém faz isso, nem os porcos, nem as galinhas, sei lá. Higiene faz parte / regra básica. Aprender cedo, no berço a boa educação e o exemplo…, complicado! Aos semelhantes a tolerância. Sucessos  se juntando, e se apoiam uns aos outros. Facilita. Mudar do mais ou menos para o de excelência não rola/difícil! Haja treino. E a pessoa precisa querer. Não adianta distribuir ouro, não brilha. As facilidades do dinheiro amolecem… Aprender cedo, e fazer certo é difícil. É preciso vontade de mudar e ter condições/habilidades. O vizinho segue jogando comida pela janela para os pássaros…ufa!Os pássaros da lagoa! Se deixar levar pelo deslumbramento da facilidade é fácil, fácil, fácil o mesmo E sempre será o mesmo. Quem se reconhece se aproxima, e se muda feliz! Se avizinha do igual. Os incomodados é que se retirem. Eu. As curiosidades de habitar um edifício…Lugar de todos. E não tem sabatina, mas tolerância. Beth Mattos – março de 2020 – TORRES

gente demais

IMG_20200307_171018  linda a foto eu com a lu em santa cruz do sul.jpgSempre tem gente demais nas histórias do passado, aliás, em todas as falas tem excesso de palavras. A rede de queixas e espantos aumenta. Considerações sobre o certo e o errado…, acaba em lodaçal! Céus! Salvar o mundo pela palavra! Mitológicos castigos! Todas as cavernas são maravilhosas! E todos os retiros recreativos e benéficos! Elizabeth M.B. Mattos – março de 2020 – Torres

 

importante, importante mesmo, não esquecer

outra vez a inquietude, aquele jeito de te pensar voltou, atordoa meu tempo, não adiante eu querer o agora,  este hoje, não adianta aquietar… Vontade tenho de te abraçar! Levaste meu desejo para teu corpo! Longas cartas não resolvem,  não consigo te dizer, e preciso. Preciso te  descrever, colorir, recriar. O corpo, o beijo, teu carinho obsceno, e teu amontoado de dizer. Não canso de ouvir tua voz atropelada: que sejam vinte anos! Eu te espero. Não me importo. Elizabeth Mattos – março de 2020 Torres

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Quando tudo estiver definido, vai ser tarde demais. O momento é sempre agora. Não existe passado, é o que a gente descobre. Tudo que é real é uma espécie de agora.” John Updike Busca meu rosto

Outra inquietude,  o jeito de te pensar voltou e atordoa. Não adiante eu querer o agora, o hoje, não adianta aquietar, queimo. Vontade tenho de te abraçar! Tu roubaste o meu desejo! Ah! Este teu amontoado de dizer! Não canso de ouvir…